RESUMO

Trata-se de um estudo em dança e educação que problematiza a performance da professora no ensino das danças sociais através da desconstrução dos papéis de condução na dança de salão, bem como da estrutura e do programa/planejamento das aulas. A pesquisa tem como objetivo comparar e questionar a prática de ser professora que iniciou sua atuação em uma abordagem tradicional e foi modificando para uma nova abordagem de ensino de danças de salão; descrever e refletir sobre a transformação percebida em tal prática, pela perspectiva da experiência e história vivida. A pesquisa desenvolveu-se com inspiração metodológica na Prática como Pesquisa, o que significou incluir os processos criativos e as mudanças percebidas e suscitadas na prática para o centro da discussão. Dessa forma, o estudo conta com ferramentas como: anotações em diário de campo, registros de fotos e vídeos da experiência como professora do estilo de dança West Coast Swing, durante o período de janeiro a novembro de 2019, em uma escola de dança da cidade de Porto Alegre para o público adulto. Com isso, a pesquisa contesta o uso dos termos "dama" e "cavalheiro" e a estrutura da aula que ensinava separadamente os movimentos do "papel do homem" e do "papel da mulher" na dança a dois. Sugere-se a utilização dos termos "quem conduz" e "quem segue", ensinando os respectivos movimentos e técnicas para todas as pessoas. A investigação do ensino da dança em questão implica nos sensibilizarmos para o fato de que, ao ensinar, acabamos reproduzindo o modo como aprendemos, ignorando e/ou reafirmando padronizações frente às mudanças que estão acontecendo em nossa época, ou ainda dificultando as percepções de tais mudanças. Sem encerrar a discussão, propõe-se a uma desconstrução do ensino das danças de salão no sentido de apontar como as praticas propostas ampliaram suas possibilidades e, em especial, trazer tal discussão no ambiente entendido como tradicional.

Palavras-chave: Dança a dois. Prática como Pesquisa. Professora performer. Swing Dances. Ensino de Dança.
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CAPÍTULO 4

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REFERÊNCIAS